Não. Este post não é para falar sobre os antepassados do Paint. Longe disso. Na verdade, é para falar sobre Hal Lasko, um artista gráfico norte-americano de 98 anos (completados no ultimo dia 28). Era o mais velho de oito irmãos (O.O) e logo que iniciou sua carreira como designer gráfico, foi chamado para servir na II Guerra Mundial, desenhando mapas para coordenar ataques de bombardeios. Após a guerra, começou a trabalhar com tipografias, na época em que era tudo feito à mão.
Grandpa (vovô), como ele diz ser chamado, ganhou da sua família, há 15 anos, um computador, onde conheceu o Paint, programa de desenho da Microsoft, apresentado a ele pelo seu neto, e hoje Hal passa cerca de 10h por dia fazendo suas ilustrações. Desde criança, passava horas desenhando casas, arvores etc. e hoje, seu trabalho é um misto de Pontilhismo e Arte 8-Bit.
O ‘vovô’ sofre de degeneração macular, problema que afeta o centro de sua visão, sendo assim, utiliza o zoom do Paint de forma positiva, facilitando o seu trabalho, que é realizado pacientemente. O seu primeiro trabalho, por exemplo, levou cerca de dois anos para ficar pronto. É esse desenho de um alce, logo abaixo.
Algumas imagens de seus trabalhos:
Grandpa diz que somente após se aposentar é que pode se dedicar à pintura, como achava que deveria. E ele Fe isso usando o software gráfico mais menosprezado que já existiu (e eu mal consigo fazer um circulo decente à mão livre). No documentário editado pelo seu neto, The Pixel Painter, Grandpa e sua família contam a sua historia e ainda fica explicito a emoção dele ai inaugurar sua primeira exposição em Ohio, EUA.
Para conhecer e/ou comprar outras obras de Hal Lasko, é só clicar aqui. Para ver os detalhes da imagem (que são impressionantes) tente ver na função zoom, disponível no site, é realmente surpreendente. O vovô é a prova de que a ferramenta que você usa não mais importante que o talento e a paciencia que você tem para realizar o seu trabalho.
Beijos,
Maiara